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Edusp lança Coleção Prismas, que analisa obras de arte em acervo nacional

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A Edusp lança oficialmente em setembro a Coleção Prismas, que traz edições voltadas a apresentar um estudo aprofundado de uma obra de arte nacional ou estrangeira e que pertença ao acervo de instituições e museus brasileiros. Cada livro trará uma análise de um artefato artístico feito por um especialista, mas não apenas voltada a conhecedores, e sim para os que desejam se aprofundar na história da arte para além de etiquetas de movimentos e escolas.

A coleção é coordenada pelo professor de história da arte na Universidade de Campinas (Unicamp) Jorge Coli, que também é colunista da “Folha de S. Paulo”. A proposta é que os livros sejam relativamente curtos, com cerca de 150 páginas, em edição com capa dura e escritos por especialistas reconhecidos.

O lançamento oficial contará com as três primeiras edições, que são, respectivamente, “Más Notícias, de Rodolfo Amoedo”, de Sonia Gomes Pereira; “O Escolar, de Van Gogh”, de Felipe Sevilhano Martinez; e “Sem Título, de Amilcar de Castro”, de Flávio Moura. Contudo, já está à disposição do público, no site da Edusp, o livro que inaugura a coleção, sobre a pintura de Amoedo.

Além das três primeiras obras, a editora definiu outras sete que serão publicadas ainda neste ano:

Prismas 4 - “A Pequena Bailarina de 14 Anos, de Edgar Degas”, de Ana Magalhães;

Prismas 5 - “Manifestações Ambientais, de Helio Oiticica”, de Celso Favaretto;

Prismas 6 - “Pintura Branca e Preta, de Helio Cabral”, de Leon Kossovitch;

Prismas 7 - “Moema, de Victor Meirelles”, de Alexander Gaiotto Myioshi;

Prismas 8 - “Tiradentes Esquartejado, de Pedro Américo”, de Maraliz Christo;

Prismas 9 - “O Senhor Eugene Pertuiset, Caçador de Leões, de Manet”, de Martinho Alves Junior;

Prismas 10 - “Retrato de Arthur Timótheo da Costa, de Carlos Chambelland”, de Renata Bittencourt.

O primeiro livro da Coleção Prismas é “Más Notícias, de Rodolfo Amoedo”, no qual Sonia Gomes Pereira analisa a pintura a óleo de 1895 que fez parte da Segunda Exposição Geral da Escola Nacional de Belas-Artes (ENBA) e que está hoje no Museu Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro. Ela busca apresentar os caminhos artísticos que se apresentavam a Amoedo e aos pintores da época, no Brasil do fim do século XIX.

A autora usa a confrontação para revelar a importância da obra de arte, ao compará-la a outras de pintores contemporâneos e do próprio Rodolfo Amoedo. Assim, procura mostrar como havia um contexto mais amplo e complexo quando se fala da pintura nas últimas décadas do século XIX, quando coexistiam movimentos como o realismo, o impressionismo, o neoimpressionismo e o simbolismo.

Dessa forma, a autora cumpre um dos objetivos da coleção, de contribuir para o estudo da história da arte para além da visão mais tradicional que considera apenas artistas e movimentos diretamente ligados às vanguardas. Pelo contrário, é possível observar que não houve uma separação radical entre artistas ou mesmo entre tradição e modernidade.

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