Editora UFSM começa 2022 com novo diretor

A Editora UFSM tem um novo diretor para a gestão 2022-2025. O professor Enéias Tavares, formado em Letras Português/Inglês pela UFSM, é o novo responsável pela editora e está com grandes planos para este período.
Segundo o professor, economia criativa e ações transmídia devem ser pensadas lado a lado das publicações físicas e digitais. Um de seus objetivos é conquistar maior visibilidade regional e nacional à Editora da UFSM, bem como dar continuidade ao trabalho realizado pelo agora ex-diretor, Daniel Arruda Coronel.
Enéias possui experiência na área da editoração, sendo autor, tradutor, editor e consultor de publicações do meio editorial, além de já ter atuado como chefe de departamento (DLCL) e coordenador de Pós-Graduação (PPGL) e Graduação (Letras),
Confira a entrevista completa com o novo diretor:
Editora UFSM: Qual é seu principal objetivo estando à frente da Editora UFSM?
Enéias Tavares: Como diretor da nossa editora, minha meta inicial é dar continuidade ao trabalho e às ações do antigo diretor, professor Daniel Coronel e da equipe. Mas no decorrer de 2022, pretendo avançar algumas questões que me parecem centrais, como buscar maior visibilidade local, regional e nacional para a nossa editora, especialmente nos contextos acadêmicos que ela atende. Também há ações digitais que priorizaremos, sobretudo ofertando aos nossos leitores cursos e seminários de formação acadêmica e editorial, além de ações com autores e leitores. A médio e longo prazo, desejo buscar em minha gestão a proposição de novas séries e publicações que reforcem a produção inovadora de ciência e tecnologia da UFSM e a divulgação científica como um todo. Nossa editora acaba de completar 40 anos de existência e iremos celebrar essa data com muitas novidades editoriais e culturais.
Editora: Qual sua experiência na área da editoração?
Enéias Tavares: Na área acadêmica, sou autor de artigos científicos publicados em periódicos qualificados e co-organizador da série “Discursos do Corpo na Arte” (Editora da UFSM), em parceria com Gisele Biancalana e Mariane Magno. Além disso, editei os periódicos Letras e Fragmentum, ambos referências em qualificação pela Capes para a área de Letras, além de ter organizado números de Abusões (UERJ) e Letras (UFSM) e estar à frente do projeto multimídia “Fantástico Brasileiro” (Editora Arte & Letra e UFSM Silveira Martins), ao lado de Bruno Anselmi Matangrano. Na seara literária, tenho me dedicado à série transmídia “Brasiliana Steampunk”, publicando livros como Lição de Anatomia (LeYa, 2014), Juca Pirama Marcado para Morrer (Jambô, 2019) e Parthenon Místico (DarkSide, 2020), este finalista dos prêmios “Jabuti” e “Argos” e vencedor do Prêmio “Odisseia”. Também destaco a publicação pela editora AVEC, neste caso o romance premiado Guanabara Real: A Alcova da Morte, ao lado de AZ Cordenonsi e Nikelen Witter, e O Matrimônio de Céu & Inferno, graphic novel ilustrada por Fred Rubim e publicada em 2020 nos EUA pela Behemoth Comics. Para a DarkSide Books, atuo como tradutor e consultor, tendo organizado em 2021 novas edições de clássicos como O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, e A Máquina do Tempo, de HG Wells.
Editora: Por que aceitou o desafio de assumir a Editora?
Enéias Tavares: Primeiro, pela honraria do convite, feito a um professor de Letras e a um acadêmico do Centro de Artes e Letras, curso e área que raramente compõem a gestão universitária. Nesse sentido, foi um presente o reconhecimento do Professor Luciano Schuch e da Professora Martha Adaime, os atuais reitores da UFSM, ao meu trabalho e à minha carreira, tanto acadêmica quanto literária e editorial. Como um servidor que já atuou muito na gestão da UFSM em uma década de serviço público, vi o convite como um desafio positivo, sabendo que posso contribuir para a maior visibilidade da editora através de ações proativas e mais afinadas com o mercado editorial, estou na torcida para conseguir modernizar muitas de nossas ações.
Editora: No curto período que está no cargo, à frente da Editora, da Livraria e da Grife, já pôde perceber algo que precisa ser melhorado?
Enéias Tavares: O desafio de novas gestões é avaliar o trabalho bem feito – e nesse sentido, há várias ações de sucesso que redefiniram a editora nos últimos oito anos – como
também perceber o que pode ser melhorado. De minha parte, penso que a tríade “Editora, Livraria e Grife” pode ser repensada e reestruturada para produzir ações mais integradas e também mais afinadas com outros setores da nossa universidade, como a gráfica, a extensão e a pesquisa. No decorrer deste ano, pretendo testar algumas ideias, sobretudo reforçando a divulgação, a visibilidade e a comercialização dos nossos lançamentos. Para mim, economia criativa e ações transmídia precisam ser pensadas lado a lado das nossas publicações. De forma geral, creio que será o desafio de toda a universidade frente aos cortes de recursos, ao retorno às atividades presenciais e às novas demandas da comunidade à UFSM. Falando exclusivamente da Editora, creio que a principal meta é a própria reinvenção do negócio do livro. E nesse sentido, não estamos sozinhos, pois todo o mercado editorial em nosso país se vê obrigado a reinventar a roda a cada ano.
Mais de sua produção pode ser encontrada no seu lattes (http://lattes.cnpq.br/1655076745935830) e no seu site oficial (www.eneiastavares.com.br).