Entrevista com o …

Entrevista com o Autor: John B. Thompson

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Na semana em que o Seminário Brasileiro de Edição Universitária e Acadêmica, promovido pela ABEU, retorna ao seu formato presencial, nossa Associação reestreia uma de suas mais clássicas colunas: a Entrevista com o Autor. E para marcar este momento em que reunimos editoras universitárias para debater o passado, presente e futuro do livro, convidamos para conversar o sociólogo americano John B. Thompson. Professor na Universidade de Cambridge, ele se formou em Filosofia, Sociologia e Antropologia Social na Keele University. Seu mais recente trabalho é de grande interesse para o mercado editorial: “As guerras do livro”, publicado no Brasil pela Editora Unesp, apresenta uma extensa pesquisa do autor junto às editoras americanas, mostrando os impactos da revolução digital na indústria do livro.

Na entrevista, Thompson traz sua percepção sobre essa interseção das editoras com as tecnologias digitais, tratando sobre o domínio e dependência da Amazon no comércio de livros. Além disso, traz ainda algumas projeções, evitando, claro, ser taxativo e premonitório. Confira a entrevista na íntegra abaixo.

ABEU: Em sua obra “Ideologia e Cultura Moderna” (Vozes, 2000), cita-se o fim da era das ideologias. Dada a corrente proliferação de radicalismos populistas, não seria plausível pensar que uma “nova era das ideologias” está se firmando? Mais que isso: quando os radicalismos e ideologias citados se associam às novas tecnologias da informação e comunicação (redes sociais incluídas), não se enfrenta um potencial cerceamento da pluralidade editorial?

Thmpson: Em Ideologia e Cultura Moderna, eu analisei a tese, levantada por alguns autores nas décadas de 1950 e 1960, de que “a era das ideologias” estava chegando ao fim. O que esses autores chamavam de “a era das ideologias” foi um período histórico específico que começou com a ascensão do capitalismo industrial moderno. Nele, à medida que mais e mais pessoas foram compelidas a migrar do campo para as cidades, a fim de criar uma reserva crescente de mão de obra para as fábricas da revolução industrial, as velhas tradições e crenças religiosas começaram a perder o seu domínio sobre o imaginário coletivo, assim abrindo o caminho para sistemas de crenças seculares que tinham a capacidade de mobilizar ações políticas — esse foi o início do que esses autores chamavam de “a era das ideologias”. No entanto, os teóricos que pregavam o fim da ideologia argumentavam que, após a Segunda Guerra Mundial e a subsequente derrocada do fascismo e do nazismo, as velhas ideologias começaram a perder o seu domínio sobre as pessoas e passaram a ser substituídas por uma abordagem mais pragmática e fragmentada em relação à mudança social — era isso ao que eles se referiam como “o fim das ideologias”.

Enquanto examinava a tese do fim da [era da] ideologia, ao invés de endossá-la, eu argumentei que ela se baseava numa visão demasiado estreita e limitada do que é uma “ideologia”, além de apresentar uma explicação diferente de ideologia e de como ela funciona nas nossas sociedades. Eu não diria que, hoje, estamos assistindo à formação de uma nova era de ideologias, pois isso sugere que uma era terminou e outra acabou de começar. Na minha opinião, seria mais correto dizer que a ideologia continua sendo uma característica importante de nossas sociedades. E ela jamais acabou, conforme afirmavam os teóricos que propunham o seu fim — as formas de funcionamento da ideologia simplesmente evoluíram à medida que nossas sociedades também o fizeram. Com o surgimento de diferentes tipos de populismo e a expansão de movimentos sociais e políticos de direita radical, estamos, sem dúvida, assistindo não só à proliferação de novas formas de ideologia, mas também à eclosão de novas linhas de contestação e conflito nas nossas sociedades, ambas fomentadas e reforçadas pela profunda transformação do ambiente de informação e comunicação propiciado pela revolução digital.

Nós jamais deveríamos ser complacentes com as liberdades que sustentam o tipo de pluralidade editorial que valorizamos nas sociedades ocidentais; basta olharmos para aquelas sociedades onde tais liberdades foram radicalmente cerceadas para reconhecer como elas são tanto importantes quanto frágeis. Em sociedades ocidentais, como a Grã-Bretanha e os EUA, eu acho improvável que experimentemos, num futuro próximo, um cerceamento significativo da pluralidade editorial, muito embora o governo Trump tenha sido um lembrete duro de que, mesmo em um país que se orgulha de suas credenciais democráticas, a liberdade de imprensa nunca pode ser subestimada. Mas, na medida em que existe uma séria ameaça à pluralidade editorial em sociedades como a Grã-Bretanha e os Estados Unidos hoje em dia, eu acredito que isso seja devido menos ao surgimento de novas ideologias e mais ao profundo impacto das mudanças tecnológicas e ao crescimento contínuo de grandes corporações que exercem um poder extraordinário no campo editorial.

ABEU: Em “As guerras do livro” (Editora Unesp, 2021), você mergulhou nas mudanças trazidas pelas tecnologias digitais para o mercado editorial. Você percebe essa adesão às inovações também no mercado de publicações acadêmicas e científicas? Como esse setor, que lida com livros voltados a nichos muito específicos, pode usar essas inovações a seu favor?

Thompson: Assim como no meu último livro, “Mercadores de Cultura”, meu novo livro está focado no mundo das publicações comerciais anglo-americanas. De nenhum modo eu trato do mundo das publicações científicas e acadêmicas em “As Guerras do Livro”. É importante salientar este recorte porque uma premissa básica da minha abordagem é que o mundo editorial não é um mundo simples, mas sim uma multiplicidade de mundos ou o que eu chamo de “campos”, e frequentemente o que acontece em cada campo é peculiar a ele mesmo. Sendo assim, você não pode, simplesmente, ultrapassar de um campo para outro. Se você quiser entender como funciona um campo, como, por exemplo, o das publicações anglo-americanas, quer sejam comerciais ou acadêmicas, então você precisa mergulhar nesse campo e estudar as peculiaridades de suas instituições, atores e dinâmicas. E o mesmo princípio se aplica aos campos editoriais existentes em diferentes países. Além disso, os campos editoriais também têm limites linguísticos e geográficos, e os atores de um determinado país são, geralmente, diferentes dos atores de outros países. “As Guerras do Livro” é um estudo sobre o impacto da revolução digital nas publicações comerciais anglo-americanas, e eu não recomendaria que seus resultados fossem aplicados diretamente a outros campos editoriais, assim como a outros países.

Dito isto, é claro que muitos dos progressos que eu analiso em “As Guerras do Livro” não estão restritos somente ao seu escopo e impacto no mundo das publicações comerciais anglo-americanas, mas eles também impactam outros campos, incluindo o das publicações acadêmicas. Alguns desses impactos podem ser vistos facilmente: todas as editoras do mundo anglófono (e de muitos outros países também) foram profundamente afetadas pela ascensão da Amazon como uma varejista que domina o mercado de livros, e elas sabem que isso criou um ambiente varejista totalmente novo no qual as editoras estão se tornando cada vez mais dependentes dessa poderosa varejista on-line, responsável por uma fatia crescente — em alguns casos, metade ou mais — de suas vendas; todas as editoras, incluindo as de livros acadêmicos, experimentaram o crescimento e o nivelamento das vendas de e-books, e elas sabem que os e-books, embora sejam um novo e importante fluxo de receita, dificilmente, num futuro breve, desbancarão os livros impressos, e assim por diante. Esses e outros desenvolvimentos serão características conhecidas das publicações acadêmicas na era digital, assim como eles são agora uma parte integral do mundo das publicações comerciais anglo-americanas. Mas há outros aspectos da revolução digital no mercado editorial, e em outras oportunidades possibilitadas por ele, que são menos fáceis de discernir.

Um dos meus argumentos em “As Guerras do Livro” é o de que a revolução digital — uma vez que transformou as formas de comunicação entre as pessoas em nossas sociedades — abriu a possibilidade para que as editoras fizessem algo que nunca fizeram antes: comunicar-se diretamente com seus leitores. As editoras, quer sejam comerciais ou acadêmicas, sempre se consideraram, predominantemente, como empresas B2B (business to business) — isto é, como empresas que vendem livros para outras empresas, sejam elas varejistas ou atacadistas, deixando a cargo das varejistas a tarefa de construir relações com seus clientes finais, os leitores. Mas a revolução digital está forçando as editoras a repensar esse modelo — em parte porque, com a ascensão da Amazon, muitas livrarias e redes de livrarias, que as editoras tradicionalmente consideravam como suas clientes, estão sendo forçadas a reduzir de tamanho ou fechar as portas. E uma das razões pelas quais a Amazon tem tido muito mais sucesso do que a maioria das livrarias físicas é porque ela acumulou muitas informações sobre seus clientes e as utilizou em seu benefício, tanto para comercializar diretamente com os clientes como para vender publicidade às editoras. Mas, se a Amazon consegue se comunicar diretamente com os leitores, por que as editoras não conseguem fazer o mesmo também? A revolução digital não somente forçou as editoras a levar os leitores mais a sério do que já fizeram no passado, mas também lhes deu os meios e as ferramentas para fazer isso em grande escala. Entender o que significa se tornar uma editora mais centrada no leitor e reestruturar sua organização para aproveitar as novas oportunidades de comunicação possibilitadas pela revolução digital é, na minha opinião, um dos grandes desafios que a revolução digital impõe atualmente a todas as editoras, tanto acadêmicas quanto comerciais.

ABEU: Como é possível para o mercado do livro competir em um mundo de mídias cada vez mais visuais e que se sustentam mais em estímulos sensoriais?

Thompson: Sem dúvida, hoje, a maioria das pessoas passa muito mais tempo consumindo conteúdo audiovisual nas telas do que lendo livros. Nós vivemos em um mundo cada vez mais intenso e atribulado, no qual o conteúdo audiovisual difundido pelas telas demanda nossa atenção constantemente. Entretanto, não tenho certeza se ajuda pensar sobre a relação entre livros e a cultura da tela em termos de concorrência, como se os livros estivessem competindo diretamente com o consumo de conteúdo audiovisual das telas. Se você pensar nas questões desse jeito, então você vai ser induzido a procurar maneiras de tentar levar os livros para a cultura da tela mais efetivamente, melhorá-los de várias maneiras para que possam competir, no mesmo nível, com outras formas de conteúdo audiovisual. Mas eu acho improvável que isso aconteça, ou na melhor das hipóteses, aconteça de uma maneira bastante limitada e parcial. Nós sabemos, por exemplo, que muitas das tentativas de desenvolver e-books aprimorados terminaram em fracasso. Então, existe outra forma de pensar sobre essas questões?

Na minha opinião, é melhor manter a mente aberta sobre a relação entre os livros e a cultura audiovisual e reconhecer que tal relação pode tomar diferentes formas e mudar com o tempo. Pode ser, por exemplo, que muitas pessoas possam ser instigadas à leitura de livros hoje em dia exatamente porque essa atividade é muito diferente do que consumir conteúdo audiovisual nas telas. Quanto mais a vida das pessoas se vincula a uma cultura baseada na tela, mais valor elas podem atribuir àquelas formas de atividade que não são totalmente assimiladas dentro dela. Quando lemos livros, temos a oportunidade de nos afastar da vida da tela e nos desprender de um mundo no qual nossa atenção está sendo constantemente atraída para diferentes direções; o prazer da leitura não está apenas no conteúdo, mas também no fato de que a atividade de ler é uma oportunidade de reaver algum tempo com nós mesmos, de desligar as telas e de nos deixar absorver em outro mundo. Os livros não precisam competir diretamente com a intensa e acelerada cultura audiovisual da tela: para muitos de nós, a leitura de livros continua a ter um lugar importante em nossas vidas, não devido ao que a leitura tem em comum com a cultura da tela, mas devido a como uma difere da outra.

ABEU: Dadas as tendências editoriais verificadas nos últimos 30 (turbulentos) anos, é possível arriscar algum prognóstico sobre os próximos 10 anos? Para citar alguns dos pontos mencionados em seu livro: a) o varejo livreiro, no período citado, permanecerá definido pela presença hegemônica da Amazon ou existem oscilações possíveis? b) O self-publishing firmar-se-á como nicho relevante? c) O free access terá papel crescente dentro do mercado livreiro? d) A proporção do mercado dos livros digitais e tradicionais tende a se estabilizar?

Thompson: Eu geralmente evito fazer previsões. As últimas décadas estão repletas de previsões sobre o futuro dos livros, que se revelaram irremediavelmente incorretas, e eu não tenho nenhuma intenção de contribuir com essa lista de especulações inconsistentes e frustradas. Mas, vamos às suas quatro perguntas.

(a) Eu diria que a Amazon continuará dominando o mercado do varejo livreiro no mundo anglófono e que se tornará um ator cada vez mais dominante em outros mercados linguísticos. O domínio da Amazon no mercado anglo-americano é agora, aparentemente, intocável; as livrarias físicas têm apresentado uma recuperação nos últimos anos; no entanto, hoje, a participação de mercado da Amazon é tão grande que fica difícil imaginar como qualquer outro varejista poderia, com efeito, desafiá-la. A única coisa que poderia ameaçar o domínio de mercado da Amazon é o escrutínio antitruste constante, seja nos EUA ou na UE. Em termos econômicos e intelectuais, existe um forte argumento a favor de submeter a Amazon e outros gigantes da tecnologia ao escrutínio antitruste, mas ainda não se sabe se, de fato, existe vontade política para isso. Em mercados não anglófonos, o domínio da Amazon no mercado editorial pode estar limitado por regimes de preço fixo, o que reduz a possibilidade de a Amazon dar descontos em livros — um fator-chave para seu crescimento no mundo anglófono. Mas a Amazon tem outras ferramentas eficazes à sua disposição e, mesmo sem dar descontos, pode oferecer a seus clientes uma proposta de valor que alguns poucos varejistas podem cobrir.

(b) O self-publishing já é um nicho significativo e relevante no mundo anglófono. Na verdade, é muito mais do que um nicho, é um universo paralelo. O mundo do self-publishing é, frequentemente, ignorado pelos comentaristas do setor, que permanecem focados na indústria editorial tradicional; mas, como demonstram algumas das evidências que apresento em As Guerras do Livro, os livros autopublicados representam uma proporção muito maior de best-sellers (pelo menos no formato de e-book) do que muita gente possa imaginar. No entanto, na minha opinião, o verdadeiro significado do self-publishing não é a ameaça que ele representa para as editoras tradicionais. De fato, há casos de autores bem-sucedidos que decidiram deixar uma editora consagrada e prosseguirem sozinhos na autopublicação de seus livros por meio da KDP[1] ou de alguma outra plataforma de autopublicação, assim mantendo uma parcela muito maior do faturamento para si mesmos. Contudo, há também muitos casos de autores que vão na contramão disso, optando por publicar em uma editora tradicional, se lhes for dada essa oportunidade, em vez de continuarem autopublicando seus trabalhos — o movimento é de mão dupla. A verdadeira importância do self-publishing é que ele abre uma série de novas possibilidades para os autores, permitindo-lhes contornar as tradicionais estruturas de poder da indústria editorial e publicar seus trabalhos independentemente do fato de os gatekeepers do setor — agentes e editores — considerarem seus trabalhos dignos de serem publicados. Isso é uma mudança fundamental nas estruturas de poder que sempre caracterizaram a indústria, e enquanto a grande maioria dos livros autopublicados terá baixa comercialização e passará despercebida por todos, exceto por um pequeno grupo de familiares e amigos, alguns livros se tornarão inesperadamente bem-sucedidos e transformarão as vidas e as carreiras de seus autores.

(c) O free access sempre participou do mercado livreiro, quer tenha sido legalmente (como no caso de bibliotecas ou do open access) ou ilegalmente (na forma de vários sites piratas e outras formas questionáveis de free access a conteúdo protegido por direitos autorais). No campo da publicação acadêmica, o modelo de open access já está bem estabelecido, de modo especial em relação aos periódicos, mas também em relação às monografias, e eu imagino que isso deverá desempenhar um papel cada vez mais importante no setor de publicações acadêmicas, pois existem pressões internas da própria academia nesse sentido. Entretanto, a maioria das versões do modelo open access exige o pagamento antecipado de taxas, e essas taxas podem ser bastante substanciais. Elas, normalmente, giram em torno de £10 mil ou $13 mil para uma monografia num formato padrão. Para a maioria dos autores acadêmicos, taxas de publicação dessa magnitude só são pagáveis se puderem receber uma bolsa de pesquisa ou outros fundos institucionais. Além dessas formas legítimas de free access, as editoras provavelmente enfrentarão uma batalha constante contra a pirataria e outros tipos de distribuição gratuita que continuarão a despontar na grey zone (zona cinzenta), na qual as noções de direitos autorais e fair use estão sendo desafiadas e postas à prova.

(d) Como é sabido, desde o lançamento do Kindle, em 2007, as vendas de e-books aumentaram no mundo anglófono, dando origem a muita especulação sobre o iminente desaparecimento do livro impresso, mas as vendas de e-books se estabilizaram por volta de 2012, e até mesmo reduziram nos anos seguintes. Em 2020, a pandemia provocou um aumento repentino nas vendas de e-books, pois os lockdowns dificultaram a compra de livros impressos. Porém, uma vez que os períodos de lockdown cessaram, as vendas de livros impressos se recuperaram muito rapidamente. Temos agora uma situação relativamente estável no mundo das publicações comerciais anglo-americanas, no qual as vendas de livros impressos representam cerca de 75–80% da receita das editoras, as vendas de livros digitais representam cerca de 20–25%, e no qual o crescimento da receita dos audiolivros compensou, até certo ponto, o declínio das vendas de e-books. Ao contrário da indústria musical e de alguns outros setores da indústria midiática, o mercado livreiro não passou por uma grande mudança de formatos físicos. A minha opinião é de que o livro impresso veio para ficar e não vai ser substituído ou perder o lugar para alternativas digitais; o e-book pode ser melhor compreendido como apenas mais um formato de entrega do conteúdo do livro aos leitores; nada diferente, nesse aspecto, do livro em brochura. O que provavelmente vamos ver no mundo do livro é o que eu chamo de “culturas coexistentes do impresso e do digital”. Os livros na era digital vão se desenvolver em uma cultura híbrida, na qual o impresso e o digital coexistem lado a lado, e a proporção de vendas contabilizadas pelo impresso e pelo digital irá variar por categoria de livro. Por exemplo, em categorias como romance e outros tipos do gênero ficção, os e-books continuarão a representar uma proporção de vendas muito maior do que livros de não ficção séria. Mas, embora esse pareça ser o cenário mais provável do ponto em que nos encontramos atualmente, eu seria o primeiro a admitir que posso estar errado. O futuro dos livros e da leitura é, por sua própria natureza, imprevisível. Ambos dependem de uma série de fatores incalculáveis, que vão desde inovações tecnológicas ainda desconhecidas até os hábitos e preferências dos leitores, e não há como ninguém saber ao certo como as tendências se desenvolverão nos próximos anos.

[1] Kindle Direct Publishing, plataforma de autopublicação de e-books da Amazon.

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